O Martin Richard era uma
criança igual a tantas outras, que gostava de brincar e rir como as demais crianças
da sua idade.
Com os seus 8 anos, saiu
de casa num belo dia de sol com a família, para ir ver o pai correr a maratona
de Boston.
Após mais de 4 horas de uma
ansiosa espera abraçou efusivamente o pai, quando este tinha acabado de cruzar
a linha de meta.
Foi a última coisa que
fez em vida, pois ao regressar para junto da mãe e irmã, os três acabariam por
ser apanhados pelos estilhaços de uma das duas bombas que colocaram perto da
meta.
O Martin teve morte
imediata… a irmã ficou com uma perna amputada e bastante ferida, assim como a mãe.
O Martin era uma criança
igual a tantas outras, que considerava o pai um herói e que tinha por ele um
amor imenso… um orgulho interminável.
O Martin correu para
abraçar o pai. Se esse abraço tivesse durado mais 30 segundos, provavelmente, ainda
estaria vivo.
O Pai do Martin
certamente que gostaria de ter abraçado por mais 30 segundos o seu querido filho,
mas infelizmente não o fez, agora chora a sua morte e aquilo que ficou por
realizar.
Chora a enorme injustiça
e tirania, de lhe terem tirado o seu menino da forma tão vil e cobarde.
Não consegue compreender
o porquê de ter perdido o filho. Não percebe que alto desígnio poderá
justificar essa crueldade.
Ele não percebe…
eu não percebo…
nós não percebemos!
A vida é o nosso mais
sagrado bem!
Desde que nascemos que “lutamos”
para prolongar ao máximo a nossa vida. “Lutamos” para ter mais tempo e foi isso
que roubaram ao Martin. O tempo que ele precisava para continuar a idolatrar o
pai… para se tornar num adulto, para se apaixonar, casar, ter filhos, ser avô. O
tempo para realizar sonhos, para amar, para ser feliz e para no final de uma
longa vida olhar para trás e dizer… “valeu a pena!”.
O espaço de tempo que
vai desde o dia em que nascemos até ao dia em que morremos deve de ser
aproveitado ao máximo, pois nunca saberemos quando daremos o nosso último
abraço a quem mais amamos.
Obrigado pelo tempo que
perderam ao ler este texto.
Um abraço para todos.
Johnny Sunshine
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